Aveiro Visto de Cima

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Aveiro Visto de Cima

A instalação “Aveiro Visto de Cima” será inaugurada dia 12 de julho pelas 18h30 na Petisqueira Portuguesa, na praça 14 de Julho em Aveiro.

São seis “janelas” impressas em Azulejos com fotos aéreas de pontos de interesse de Aveiro.

Cada janela é complementada por um conjunto azulejos pintados à mão, que representam, em binário, o número da janela. Os azulejos pintados a mão são em relevo com motivos geométricos e aplicação de metal. A paleta de cores escolhida é o laranja e o azul-petróleo que trazem um tom de inovação à obra.

As fotos foram feitas com o drone DJI Mavic Pro em altitudes variadas. Cada foto foi manipulada digitalmente para evidenciar cores e formas. Outras mídias foram criadas e estão disponíveis no sítio da web http://azulejus.pt/AveiroVistoDeCima.

O resultado são 6 janelas com a Estação de Comboios, o Estádio Municipal, o Canal Central, as casas da Costa Nova do Prado e o Farol da Barra.

A janela 001 tem foto da Estação de Comboios de Aveiro antiga e nova. A estação de Caminhos de Ferro de Aveiro, tal como a conhecemos actualmente é relativamente recente, no entanto o seu historial conta com mais de um século. Foi graças às insistências do deputado José Estevão que se deu a alteração do percurso da via férrea previsto para ligar Lisboa ao Porto.

Aveiro visto de Cima - Estação de Comboios
Janela do Avião - 2 - Salinas

O projecto inicial de Waitier (1856) não contemplava Aveiro, mas o tribuno conseguiu que o governo estudasse um novo traçado no sentido da cidade continuar a acompanhar o progresso dos tempos modernos (Oliveira, 2001). As obras da linha férrea iniciaram-se, assim, em Agosto de 1861 e, em princípios de 1862, as do edifício da estação.

Apesar de ter conseguido que a linha do Norte passasse por Aveiro, José Estevão não conseguiu assistir à inauguração do troço ferroviário. De facto, a inauguração deste deu-se a 10 de Abril de 1864, durante a presidência de Manuel Firmino, seguindo-se, no dia 16 de Maio, a transladação dos seus restos mortais, por via férrea, para o cemitério da cidade.

Por esta altura, não havia casa da estação, mas simplesmente “a gare”, um edifício pequeno e singelo. Em princípios do século XX, esta acabou por se mostrar insuficiente resultado de um crescente movimento ferroviário, obrigando à transformação e alargamento do edifício, tal como o conhecemos hoje. Essa transformação decorreu durante o ano de 1915 e, no ano seguinte, à semelhança do que estava a acontecer, também, noutras estações ferroviárias, as paredes do edifício foram revestidas com painéis de azulejo alusivas a paisagens, motivos etnográficos e monumentais característicos não só da região aveirense, como também de vários pontos do país.

Licínio Pinto e Francisco Pereira, pintores da Fábrica da Fonte Nova, foram os autores destes painéis que, entre si, resolveram dividir a execução dos mesmos.
Ao contrário do que seria de se esperar, a colocação de painéis azulejares no edifício da Estação de Caminhos de Ferro de Aveiro foi alvo de grande polémica nos jornais locais chegando mesmo a originar um processo de tribunal. Numa primeira fase, a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses além dos painéis acima descritos, pretendia representar, lado a lado, as figuras de José Estevão e Manuel Firmino, visto ambos terem o seu nome ligado à construção da estação de comboios na cidade. Ao primeiro deve-se o facto da linha férrea passar por Aveiro, enquanto que ao segundo se deve a abertura da primeira comunicação que a cidade teve com essa mesma linha e a inauguração da estação. Depois de grandes controvérsias entre a família de Manuel Firmino e os apoiantes de José Estevão, em Março de 1916, ficaram assentes o painel de Manuel Firmino, na fachada voltada às linhas férreas, e, em vez do José Estevão, a de D. José de Salamanca y Mayol, concessionário das obras da linha do Norte.

No ano de 1986, durante as comemorações do 75º aniversário da abertura da via férrea que abrange as cidades de: Albergaria – a – Velha, Sernada, Águeda e Aveiro, foi colocado um novo painel de azulejo, assinado por Breda.

Recentemente, no ano de 2000, aquando a remodelação das instalações sanitárias da estação, foram colocados dois outros painéis da Fábrica Artecer (Vila Nova de Gaia), cujo o autor é F. Lista. (Fonte: https://www.cm-aveiro.pt/visitantes/arte-publica/paineis-azulejares/poi/estacao-de-caminhos-de-ferro-de-aveiro-60)

A janela 010 tem uma vista das Salinas e da Ria de Aveiro. As Salinas de Aveiro são uma vasta área de exploração de sal localizada na Ria de Aveiro, Distrito de Aveiro, na Região Centro de Portugal.

A exploração de sal na região de Aveiro remonta a uma época anterior à existência da própria Ria de Aveiro, sendo o primeiro documento escrito sobre o salgado aveirense anterior à fundação da nacionalidade.

Ao longo dos séculos, a instabilidade da barra (isolamento em relação ao mar) representou um factor decisivo na variação do número e produção das salinas, que se traduziu por períodos de decadência, intercalados por períodos muito favoráveis à produção, como aconteceu em 1572 em que, dada a situação favorável do estado da barra, o elevado e progressivo índice comercial e marítimo, Aveiro se transformou num dos melhores portos de Portugal, havendo um grande incremento na comercialização de sal e na pesca do bacalhau. Em 1808 abriu-se finalmente a barra nova (sistema artificial que permite a entrada de água do mar), facto de excepcional importância para o futuro de Aveiro e de toda a sua região. (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Salinas_de_Aveiro)

Janela do Avião -3 - Estádio Municipal

A janela 011 é o Estádio Municipal de Aveiro que é uma infraestrutura desportiva situada nos arredores da cidade de Aveiro. Foi projetado pelo arquiteto português Tomás Taveira e inaugurado a 15 de novembro de 2003, com o jogo amigável entre as seleções de Portugal e da Grécia, este estádio é principalmente utilizado pelo Sport Clube Beira Mar, substituindo o Estádio Mário Duarte, antiga “casa” do clube aveirense. É ainda palco habitual de várias atividades desportivas regionais (Associação de Futebol de Aveiro) e nacionais (Supertaça Cândido de Oliveira). Foi um dos 10 estádios usados durante o Campeonato Europeu de Futebol de 2004. É o 5º maior estádio de Portugal, a seguir ao Estádio da Luz, ao Estádio do Dragão, ao Estádio de Alvalade e ao Estádio Nacional do Jamor. (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A1dio_Municipal_de_Aveiro)

A janela 100 apresenta o Canal Central de Aveiro é um canal que existe no centro da cidade de Aveiro, Portugal, entre o Jardim do Rossio e a Praça General Humberto Delgado. Devido à sua posição central, é um dos principais locais turísticos da cidade, partindo dele vários passeios de moliceiro. A altura da água varia consoante as marés da Ria de Aveiro. Este canal tem ligação com o Canal das Pirâmides, a poente, e com o Canal do Cojo, a nascente.

Na rotunda foi instalada a obra de Rui Chafes, escultor português, vencedor do Prémio Pessoa, em 2015. Uma obra de arte em ferro encomendada pela Câmara de Aveiro.

Janela do Avião 7 - Farol da Barra

A janela 101 mostra as Casinhas da Costa Nova do Prado. A praia da Costa Nova do Prado, também conhecida apenas por Costa Nova, situa-se na costa ocidental de Portugal, na linha de costa da Ria de Aveiro. Localiza-se na freguesia da Gafanha da Encarnação, no Município de Ílhavo, tal como a Praia da Barra, na Região Centro de Portugal.

Teve a sua origem na abertura da barra da Ria de Aveiro, a partir do ano de 1808. A designação, julga-se, dever-se-à a dois factos. O primeiro, “Costa Nova”, em oposição à “Costa Velha” (São Jacinto). Em segundo lugar deve-se ao facto de neste local, ter existido um enorme e verdejante prado.

É uma das excelentes praias portuguesas para a prática de desportos náuticos, já que, além da frente atlântica, dispõe também de uma frente ribeirinha para o canal de Mira da ria de Aveiro. Além de um dos mais antigos clubes de vela da ria de Aveiro — o Clube de Vela da Costa Nova, lá se encontram ainda localizadas escolas de kitesurf, canoagem e surf, entre outras modalidades desportivas, com destaque para uma das novidades: o Paddle Surf. A Praia é também atravessada por uma moderna ciclovia/ecovia que a liga quer à Ponte da Barra e à Praia da Barra, quer à Praia da Vagueira, esta última no vizinho Município de Vagos. Uma das atividades mais frequentes é o minigolfe, por via do clube que aqui se instalou há várias décadas. Dispõe também de vários recintos desportivos ao ar livre: ténis e futebol.
Gastronomicamente, a “tripa”, um dos mais afamados doces regionais, surgiu na Costa Nova. No Mercado do Peixe que aqui se encontra é também possível adquirir marisco previamente confecionado, especialmente ao fim-de-semana. Anualmente, em agosto, realiza-se o Ria a Gosto — Festival de marisco da Costa Nova. Aqui existem muitos e bons restaurantes, especializados em bacalhau, peixe fresco — grelhado ou em caldeiradas e ainda mariscos da ria de Aveiro.

O ex-libris desta praia são os “palheiros” — casas com listas verticais ou horizontais intercaladas, antigos armazéns de materiais de pesca, ou armazéns de salga da sardinha, atualmente convertidos em residências balneares. (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Costa_Nova_do_Prado)

A janela 110 apresenta Cais da Fonte Nova é uma estrutura onde situa-se o centro de Eventos de Aveiro, a escadaria “I LOVE Aveiro” e é palco de grandes eventos da cidade. A alta chaminé central e a imponente fachada de tijolo de barro vermelho tornaram a antiga Fábrica de Cerâmica Jerónimo Pereira Campos num ícone da paisagem urbana de Aveiro.

Situada no final do Canal do Côjo, onde atualmente é o Cais da Fonte Nova, o edifício foi construído entre 1915 e 1917, no limite do que era então o “Bairro das Olarias”. A empresa teve aqui a sua principal unidade de produção durante várias décadas, tendo sido um dos principais motores da economia local, até ser desativada no final da década de 1960 com a deslocalização da atividade.

Atualmente, estão aqui localizadas as instalações do IEFP, mas ainda é possível visitar os antigos fornos que serviam para cozer o barro e reconhecer nos tijolos as marcas das altas temperaturas que se atingiam no seu interior. Após passar por um processo de recuperação e renovação, o qual terminou em 1995, tornou-se no Centro de Congressos de Aveiro, acolhendo grandes eventos nacionais e internacionais, hoje em dia.

A janela 111 mostra o farol da barra e está localizada dentro da loja Azulejus.O Farol da Barra é o maior farol de Portugal. Fica localizado na praia da Barra,freguesia da Gafanha da Nazaré, concelho de Ílhavo, distrito de Aveiro. Foi, à data da sua construção, o sexto maior do mundo em alvenaria de pedra, continuando a ser actualmente o segundo maior da Península Ibérica, estando incluído nos 26 maiores do mundo. Em 2018 foi o farol português mais procurado pelos visitantes.[2]
Foi construído no século XIX, mais propriamente entre os anos de 1885 e 1893, tendo sofrido grandes reparações em 1929. O projecto foi formulado em 1879 pelo engenheiro Paulo Benjamim Cabral, sendo a obra inicialmente dirigida pelo engenheiro Silvério Pereira da Silva, vindo a ser concluída pelo engenheiro Maria de Melo e Mattos. Entrou em funcionamento em 1893, sendo-lhe então instalado um aparelho lenticular de Fresnel de 1ª ordem, produzindo grupos de 4 relâmpagos. A fonte luminosa era a incandescência produzida pelo vapor de petróleo, fazendo-se a rotação da óptica fazia-se através de máquina de relojoaria.

Foi electrificado em 1936, sendo o aparelho óptico substituído em 1947 por outro idêntico, mas de 3ª ordem, pequeno modelo (375mm de distância focal). Foi ligado à rede pública de distribuição de energia em 1950, sendo montado um elevador para acesso à torre em 1958. Em 1987 fez parte da emissão filatélica e da exposição Faróis de Portugal, inaugurada na Torre de Belém, sendo mandada cunhar na altura uma moeda pela Direcção de Faróis. Na edição de Dezembro desse ano saiu na capa do Boletim da Associação Internacional de Sinalização Marítima.

Portador do título de farol mais alto de Portugal,[4] e segundo mais alto da Península Ibérica, ergue-se a 66 metros acima do nível do mar, com uma altura de 62 metros. O farol é uma torre troncónica com faixas brancas e vermelhas e edifícios anexos.A fundação da torre é constituída por um maciço de betão de 6 metros de espessura e foi assente sobre estacas à altura das mais baixas águas. Nas alvenarias foram usados o grés vermelho de Eirol e alguns granitos. O alcance luminoso actual, em condições normais de transparência atmosférica é de 23 milhas náuticas, cerca de 43 quilómetros. A escadaria é composta por 288 degraus em pedra e em forma de caracol.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Farol_de_Aveiro

Julio Oliveira é brasileiro, artista plástico, fotógrafo e informático.. É estudante de doutoramento na Universidade de Aveiro e proprietário da Azulejus. Faz da sua arte um elemento de informação e desafio ao estilo tradicional pela quebra de paradigmas como cores, formas e aplicação.

Agradece à Petisqueira Portuguesa, por permitir a colocação das janelas de 1 a 6 na fachada.

Janela do Avião - 2 - Salinas
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